Um inquérito civil aberto pelo Ministério Público Federal (MPF) vai apurar eventuais responsabilidades e providências adotadas em relação à enchente que devastou cidades do Vale do Taquari no início da semana. O número de mortes já se aproximava de 50 na noite deste domingo (10). A apuração será conduzida pela procuradora da República Flávia Rigo Nóbrega, de Caxias do Sul, em conjunto com os procuradores Alexandre Schneider (patrimônio público) e Fabiano Moraes (direitos do cidadão).
Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial
De acordo com o MPF, a portaria de instauração do inquérito determinou o envio de ofícios aos prefeitos e representantes da Defesa Civil nas regiões de Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Lajeado para que prestem informações. Também foram solicitadas à Defesa Civil Estadual cópias de todas as comunicações recebidas da Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), sobre o monitoramento do aumento do nível das águas do rio nas barragens das hidrelétricas.
Já à Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura o MPF solicitou informações sobre a conclusão do Zoneamento Ecológico e Econômico do Rio Grande do Sul e sobre a criação de possíveis comissões de mudanças climáticas instauradas pelos municípios. Questionou ainda, com relação à enchente, qual foi a dinâmica adotada com relação à emissão de alertas de evacuação aos moradores das áreas atingidas. O Estado vem dizendo que choveu além do previsto, embora tenha havido alerta para mais de 400 milímetros de chuva na região atingida.
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