O homem 43 anos que agrediu o filho de seis anos com paralisia cerebral em Canela foi indiciado por crime de maus-tratos nesta terça-feira (25). Segundo a Polícia Civil, ele também responderá por constrangimento a criança sob sua guarda, previsto no Estatuto da Criança e Adolescente, em razão da outra filha que acompanhava o casal durante a ocorrência dos fatos.
Foto: Reprodução/Internet
A situação de violência foi gravada por cãmeras do circuito interno de segurança onde a família mora. O vídeo circula pelas redes sociais e tem causado indignação. As imagens mostram quando o pai empurra, de forma violenta, o carrinho onde estava o filho em direção ao elevador.
Também é possível ver o homem tirar objetos do carro e arremessar contra o chão. Depois, com movimentos bruscos, ele abre o carrinho, acomoda a criança e segue para dentro do prédio. A esposa e a irmã gêmea do menino, que não possui deficiência, presenciaram toda a ação.
Em seguida, o homem aciona o elevador, e enquanto a porte abre, empurra com força o carrinho do filho, que quase cai no chão. A mãe tenta impedir as agressões afastando o companheiro da vítima. O pai chegou ser preso pela Brigada Militar, mas foi solto em seguida.
“Foram aplicadas medidas protetivas contra ele, de afastamento e proibição de aproximação, sob pena de prisão’, explica o delegado Ivanir Caliari, responsável pelas investigações. Para ele, as imagens não deixam dúvidas que “há maus-tratos contra o menino, isso é irrefutável”.
O homem prestou depoimento e admitiu o comportamento violento. Justificou que ficou nervoso e agressivo por causa de uma discussão por ciúme da esposa. Ela por sua vez, contou que a família mudou há cerca de um mês para a cidade da Serra para proporcionar qualidade respiratória ao filho. A mulher negou que o companheiro tivesse outras condutas agressivas.
Para o delegado, além das imagens que a investigação teve acesso, o depoimento de vizinhos embasou o indiciamento do pai do menino. “O procedimento policial foi remetido ao Poder Judiciário durante a tarde desta terça-feira, para a continuidade e julgamento da ação penal referente ao caso”, conclui Caliari.
*Com ingormações de Mônica Pereira.
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