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DRAMÁTICO

Explosão estelar criará um espetáculo nos céus e o mundo poderá assistir a olho nu; saiba como ver

Explosão criará um brilho intenso no céu e cientistas da Nasa explicam como assistir ao espetáculo sem precisar de acessórios

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Publicado em: 14/06/2024 às 16h:37
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Duas estrelas de um mesmo sistema estelar darão um espetáculo na galáxia e o mundo poderá assistir de camarote, ainda em 2024. Isso porque uma explosão intensa irá gerar um ponto único de luz no céu, que poderá ser visto a olho nu.

Sistema estelar T Coronae Borealis é formado por uma estrela anã branca e uma gigante vermelha | abc+



Sistema estelar T Coronae Borealis é formado por uma estrela anã branca e uma gigante vermelha

Foto: NASA’s Goddard Space Flight Center/Reprodução

A estrela do espetáculo é uma anã branca, que irá expulsar todos os materiais que a constituem de forma espetacularizada: em uma grande explosão.

“É um evento único”, conforme a dra. Rebekah Hounsell, cientista assistente de pesquisa especializada em eventos de novas da Nasa, em entrevista à agência espacial.

Explosão até setembro

Há 3 mil anos-luz de distância da Terra, o sistema estelar T Coronae Borealis, ou T CrB, poderá visto novamente, após explodir pela última vez há quase 80 anos, em 1946. Os astrônomos acreditam: ele vai explodir até setembro de 2024.

Como assistir à explosão estelar?

Para assistir à explosão, o observador precisa procurar a constelação no hemisfério celestial norte. A Coroa do Norte é uma curva de estrelas em forma de ferradura, de acordo com Rebeka. Ela fica a oeste da constelação de Hércules, que pode ser vista melhor em noites claras.

Ao identificar as duas estrelas mais brilhantes do hemisfério, Arcturus e Vega, é só traçar uma linha reta de uma para a outra, e vai chegar até as constelações de Hércules até a Corona Borealis.

Mas estrelas podem explodir mais de uma vez?

Sim! As estrelas podem explodir mais de uma vez e o processo se chama nova.

Ele acontece quando um sistema estelar binário tem duas estrelas próximas: uma anã branca, que é o que permaneceu de uma estrela morta do tamanho da Terra, com massa igual à do Sol, e uma gigante vermelha. Na verdade, elas estão tão perto uma da outra que, quando a gigante fica instável, a anã explode.

Explicando em mais detalhes, a gigante fica instável pelo aumento da temperatura e pressão, e acaba “cuspindo” as camadas exteriores.

A anã então coleta a matéria da superfície até que a própria atmosfera, que é densa e rasa, esquenta o suficiente para causar uma reação termonuclear descontrolada, produzindo as novas que podem ser vistas da Terra.

Como a explosão pode ser vista a olho nu?

O sistema tem uma magnitude de +10, que é escura para conseguir ser vista a olho nu. Porém, durante o evento, ela vai pular para +2. Essa é similar à Estrela Polar, ou Polaris, conhecida por ter um brilho considerado “dramático”.

E não para por aí: ela ficará visível a olho nu por dias durante o pico, e poderá ser vista cerca de mais de uma semana com a ajuda de binóculos, até que o brilho diminua novamente. E então, é provável que aconteça novamente só daqui 80 anos.

Ela irá acontecer na constelação Corona Borealis, que parece um arco próximo a de Hércules e Boieiro (ou Boötes). É ali que uma estrela “nova” aparecerá, antes de voltar ao escuro.

 

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