Um iate afundou após relatos de um ataque por orcas, comumente chamadas de “baleias assassinas”. O incidente aconteceu no Estreito de Gibraltar, na confluência entre o Mediterrâneo e o Atlântico. A empresa de turismo polonesa Morskie Mile relatou que o barco teve seu leme atacado durante 45 minutos por um grupo de orcas. O iate perdeu capacidade de manobras e foi rebocado, mas afundou no porto de Tânger. A tripulação e os passageiros não se machucaram.
Foto: Adobe Stock/Arquivo
Nas redes sociais, a Morskie Mile publicou, no dia 1 de novembro, que “ontem, no Estreito de Gibraltar, no início da tarde, o nosso iate foi atacado por uma manada de orkas. Elas atingiram a barbatana de direção por 45 minutos, causando grandes danos e vazamentos”. A nota acrescenta: “Apesar das tentativas de trazer o iate para o porto pelo capitão, tripulação e socorristas, rebocadores portuários e marinha marroquina, a unidade afundou perto da entrada do porto de Tanger. A tripulação está segura, ilesa e salva já na Espanha.”
Já houve outros casos
Desde 2020, já foram registrados quatro incidentes semelhantes com orcas no Estreito de Gibraltar. Biólogos marinhos ainda estão intrigados com os ataques. Entre os motivos possíveis, estaria algum tipo de interação entre os próprios animais. Orcas têm comportamento social complexo e se engajam em atividades grupais desde brincadeiras até formas de treinamento. As orcas poderiam estar praticando caça, por exemplo.
Alguns especialistas também especulam que as orcas possam estar reagindo à retomada da navegação em Gibraltar, depois de alguns anos de grande diminuição no tráfego marinho civil por conta da pandemia. Não por acaso, os ataques são contra embarcações de pequeno porte.
Comportamento complexo
As orcas ganharam o apelido de “baleias assassinas”, celebrizado no cinema, mas não são, tecnicamente, baleias. As orcas são cetáceos da família dos golfinhos, embora tenham tamanho maior. Assim como os demais integrantes da família, as orcas são bastante inteligentes e têm padrões sociais muito complexos.
Elas são predadoras e caçam focas e até baleias, mas não atacam pescadores ou seres humanos propositadamente. O ataque aos iates é considerado muito incomum e poderia, também, ser uma evidência de alguma forma de desequilíbrio ambiental.
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