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Implementação da geotecnia é primordial para garantir mais segurança em obras

Workshop realizado pela Geossintec apresentou as diferentes possibilidades e recursos da engenharia para cuidados com o solo

Conteúdo Especial | Núcleo 360

A instabilidade do tempo neste ano, as muitas chuvas, e alguns episódios críticos que têm acontecido em Gramado, como a queda de um prédio e o aparecimento de rachaduras no solo, reforçam a importância do estudo de estruturas sólidas para garantir a segurança na execução das obras. Com foco em mostrar as exigências técnicas para prevenção de desastres e mau desempenho de muros e outras estruturas, principalmente em períodos chuvosos, a Geossintec, empresa situada no Feevale Techpark, em Campo Bom, realizou no último dia 28 o Workshop Obras de Contenção. O evento contou com a participação de diversas empresas de engenharia da Grande Porto Alegre, Serra gaúcha e região do Vale do Sinos, além de participantes de fora do Estado e a presença de autoridades da área, como os engenheiros civis Luiz Antônio Bressani, Ricardo Lima Fernandes, Eduardo Bonow Simões, Emerson Ananias e Victor Pimentel.

Conforme o engenheiro civil e diretor executivo da Geossintec, Rafael Gerst, debater todas as etapas do processo de uma obra ganhou ainda mais relevância. “Trabalhamos com obras de geotecnia, que envolve solos e diversas soluções, e por termos um ano muito chuvoso, o tema de contenções e muros de contenção se tornou mais necessário. Então surgiu a ideia de trazer empresas parceiras, das quais representamos no Rio Grande do Sul e reunir as construtoras da região”, comenta. “Tivemos a preocupação também de direcionar os convites para as empresas que têm potencial grande de crescer e a necessidade de utilizar esses sistemas de contenção dentro da engenharia. A adesão foi excelente, acima da minha expectativa.” Gerst adianta que a Geossintec já pensa em uma próxima edição do evento, talvez em 2024 e em um ambiente maior.

Tecnologias geotécnicas

Criar uma massa crítica sobre eventos naturais, especialmente relacionados às chuvas. Esse foi o propósito para a organização do workshop, segundo o diretor comercial da Geossintec, Maicon Medeiros. “O respeito à natureza é sempre muito importante e nada mais justo do que nesse momento trazermos os principais geotécnicos, professores e construtoras do Estado, e muitas do Brasil”, observa. Ele aponta que também na geotecnia é necessária a atualização constante, e o que funcionava há 30 anos pode não ser eficaz hoje. Para isso, a Geossintec busca empregar as tecnologias mais avançadas como muros de contenção, solo reforçado, solo grampeado, com destaque para duas inovações que são apostas para 2024: o muro Easyworks (gabião) e o Lock + Load System.

Medeiros ressalta que, embora as tecnologias estejam consolidadas em outros países e estados, o Rio Grande do Sul ainda enfrenta dificuldades em compreender plenamente o potencial dos geossintéticos e tecnologias de contenção. “Atuamos no Brasil inteiro e há obras muito bem feitas em São Paulo, Minas Gerais, Pará, Amazonas. Minas Gerais é um polo de obras geotécnicas, principalmente nas minerações, sendo norteadora das obras extremas, ou seja, lá que se começa a buscar as novas tecnologias”, pontua, e defende a abordagem integrada, com investigação geotécnica, anteprojeto, projeto básico e soluções adaptadas à realidade local. Ele sublinha que a execução, embora fundamental, deve ser a última etapa planejada, permitindo a flexibilidade para lidar com imprevistos.

Desafios e soluções em obras de contenção

Especialista em obras de contenção, o engenheiro Luiz Antônio Bressani compartilha os critérios fundamentais na escolha do tipo de obra em determinada região, destacando a importância da geometria e altura da estrutura, e ressalta que a análise do material atrás da estrutura, seja aterro ou material natural, é crucial para garantir a estabilidade.

Para ele, o grande desafio na construção e manutenção das obras são os espaços cada vez mais restritos nas áreas urbanas, em que as interferências existentes complicam a execução. “Existe uma ideia de que obras de concreto, por exemplo, são quase eternas. Temos que fazer manutenção, especialmente em muro de arimo, cuidando a drenagem e o rejunte, em pedras que sejam muros de pedra, eventualmente até uma questão de alinhamentos, perceber se há alguma estrutura que, por sobrecarga ou escavação de pé, esteja com problemas”, instrui.

Obra na Tramontina, em Carlos Barbosa | Jornal NH



Obra na Tramontina, em Carlos Barbosa

Foto: Divulgação

Controle executivo como medida de segurança

Sobre as medidas de segurança, Bressani destaca a importância do controle executivo durante a construção, evitando riscos para estruturas vizinhas. Após a conclusão, é necessário o monitoramento, que inclui inspeção visual, topografia de deslocamento e medidores de deslocamento ou pressão de água. Ele ainda aponta a participação da população local no planejamento e execução, destacando a importância da compreensão das comunidades sobre as limitações e benefícios das obras.

Bressani aponta o potencial de crescimento e inovação para o futuro, com o uso de materiais de reforço dentro do solo, como polímeros e geossintéticos, prevendo avanços significativos nos próximos anos: “Temos uma oferta bastante variada, e nos últimos 15 anos, um desenvolvimento extraordinário, isso vai continuar. Hoje podemos utilizar materiais que antes seriam pouco próprios ou inservíveis.” Ele ainda avalia a importância do mapeamento geotécnico para entender os fenômenos em uma área, e que em muitos casos, o ordenamento e a compreensão dos processos são tão cruciais quanto a construção de obras de contenção.

Agregando valor às áreas de atuação

De Gramado, Pietro da Silveira Raymundi, engenheiro civil com seis anos de experiência, avalia a importância do workshop para conhecimento das novidades, especialmente diante dos desafios provocados pelas fortes chuvas na região: “Temos que nos aprimorar sempre, com visitação as todas as técnicas, é sempre importante conversar com pessoas do setor e professores, e a Geossintec é uma empresa que já tem um reconhecimento grande no mercado.”

Para Fabiele Diniz, engenheira ambiental da CRVR de Santa Maria, é fundamental trabalhar com a compactação de resíduos e estabilização do talude em aterros, e o evento proporcionou o contato com grandes líderes estudiosos. “Isso nos traz um aparato para continuar desenvolvendo bom trabalho, novas parcerias, networking, sempre num processo de desenvolvimento contínuo”, avalia. Juliana Feijó, sanitarista ambiental da CRVR de Minas do Leão, destaca a relevância da geotecnia na área de aterros sanitários e de entender como as técnicas de contenção de solo podem ser aplicadas nos desafios específicos de sua área. “É muito importante estarmos por dentro das atualizações do mercado e contar com empresas que são reconhecidas nesses assuntos”, opina.

Saiba mais: 

@geossintec | geossintec.com.br

 

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