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MEIO AMBIENTE

COBRAS: Em um ano, 45 serpentes foram resgatadas em casas e empresas de São Leopoldo; entenda o motivo

Veja a explicação para o aparecimento de tantas serpentes em áreas urbanas da cidade e como proceder ao encontrar um animal deste tipo

Renata Strapazzon
Publicado em: 23/01/2024 às 13h:52 Última atualização: 23/01/2024 às 15h:59
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Imagine encontrar uma cobra de quase dois metros de comprimento no pátio de sua residência. Um susto desses foi vivenciado por uma família do bairro Feitoria, em São Leopoldo, no início deste mês. Na tarde do dia 3 de janeiro, os moradores da Rua Edgar Leopoldo Feldman se depararam com uma jiboia acessando a residência. O animal acabou sendo imobilizado pelos moradores, recolhido por agentes do Grupamento de Defesa Ambiental (GDA) Ipson Pavani, da Guarda Civil Municipal (GCM) e encaminhado ao Ibama.

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Cobra verde é uma das principais capturadas na cidade



Cobra verde é uma das principais capturadas na cidade

Foto: Divulgação

Em um ano, segundo o inspetor chefe do GDA, Emerson dos Anjos, 45 serpentes foram resgatadas em casas e empresas da cidade por equipes do Grupamento. Foram 39 ocorrências em todo o ano passado e outras seis, somente nestes primeiros dias de 2024.

“Normalmente, a cidade se expande para regiões onde predominava vegetação, deixando a fauna local desabrigada. Os animais, inclusive as cobras, que habitavam nestes locais acabam procurando se refugiar nas edificações que substituem seus antigos habitats”, explica.

Segundo dos Anjos, os bairros com maior incidência no resgate deste tipo de animal são Feitoria, Fazenda São Borja e Arroio da Manteiga. “Estes bairros possuem como característica comum serem próximos a áreas verdes, menos urbanizadas, sendo propícios para as serpentes”, comenta. Ele frisa que nem todas as cobras capturadas pelo Grupamento são venenosas.

“Capturamos diversas espécies de serpentes ultimamente, entre as principais as cobras cipó, conhecida popularmente como cobra verde, as cobras d’água, jiboias e as peçonhentas, como a jararaca e urutu cruzeira”, informa o inspetor.

Como proceder

O especialista explica que ao se deparar diante de uma cobra, o ideal é manter a calma e acionar o Grupamento Ambiental através do telefone 153. “Trate qualquer serpente como se ela fosse peçonhenta. Há muitas espécies que são de difícil identificação, inclusive por biólogos”, diz. “A orientação que damos é não ferir nem matar o animal. O artigo 29 da lei 9605/98 (Lei de Crimes Ambientais) prevê detenção de seis meses a um ano, além de multa, para quem matar, perseguir ou capturar espécimes da fauna silvestre”, frisa.

Aqueles que por ventura forem picados, devem procurar atendimento médico imediatamente, informando ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como tipo, cor e tamanho. Outra orientação é, em acidentes nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas e pés, retirar acessórios que possam levar à piora do quadro clínico, como anéis, fitas amarradas e calçados apertados. 

“Não amarre torniquete no membro ferido e, muito menos, corte ou aplique qualquer tipo de substância como pó de café, álcool, entre outros no local da picada. Também não tente “chupar” o veneno, essa ação apenas aumenta as chances de infecção local”, ensina o inspetor. 

O Grupamento 

O Grupamento Ambiental existe desde 2015 dentro da estrutura Guarda Civil Municipal de São Leopoldo, e hoje é composto por quatro agentes, que trabalham em regime de escala. O atendimento é oferecido à população todos os dias da semana, das 6h30 às 19 horas. O contato pode ser realizado através do telefone 153.

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