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Quem é Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro preso pela Polícia Federal

São investigadas inserções de dados falsos de vacinação da Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde

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Publicado em: 03/05/2023 às 08h:57 Última atualização: 06/03/2024 às 11h:17
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Nesta quarta-feira (3), o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente coronel Mauro Cid, foi preso em Brasília pela Polícia Federal (PF). Ele também foi alvo de um mandado de busca e apreensão nesta manhã.

Quem é o tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro preso pela PF



Quem é o tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro preso pela PF

Foto: Alan Santos/Presidência da República

A PF investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

A carreira de Cid ascendeu no governo de Bolsonaro. Ele era major e foi promovido a tenente coronel. Na semana passada, uma reportagem do portal Metrópoles apontou que investigações da PF, sob o comando do Supremo Tribunal Federal (STF), apuram se o ajudante de ordens operava uma espécie de “caixa paralelo”. O ex-presidente nega.

De acordo com reportagem do portal O Globo, Mauro Cid é filho do general Mauro Cesar Lourena Cid, que foi colega de Bolsonaro no curso de formação de oficiais do Exército e de quem o ex-presidente é próximo.
Cid se formou na turma de 2000 da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Foi o primeiro colocado na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais.

Ele era instrutor da Aman e se preparava para assumir um posto nos Estados Unidos quando foi designado para o cargo na Presidência.

Joias da Arábia

O ajudante de ordens fez duas tentativas de liberar as joias de R$ 16,5 milhões recebidas pelo ex-presidente do governo da Arábia Saudita e que foram confiscadas pela Receita Federal.

Alta interferência

Os ajudantes de ordens, conhecidos como AJOs, atuam como secretários particulares do presidente em tempo integral. Ele são responsáveis por tarefas como carregar celulares, recepcionar as visitas e anotar demandas. Eles veem e ouvem quase tudo o que o presidente faz.

Conforme apuração do Globo, durante a gestão de Bolsonaro, Cid assumiu o papel de conselheiro-geral do chefe, e chegou a causar ciúmes por suas interferências em temas relacionados a saúde, economia, meio ambiente e questões jurídicas.

Fluente em inglês e espanhol, além de compreender bem francês e alemão, Cid também fazia traduções de artigos. Pela manhã, era função dele selecionar reportagens e textos da imprensa que considerava importantes para o presidente. Ele também recebia centenas de mensagens no WhatsApp que eram selecionadas e repassadas a Bolsonaro.

Em 2020, ele teve que prestar depoimento no inquérito dos atos antidemocráticos, aberto pelo STF.

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